SEMENTES

Bem Vindos!

Sempre pensei que escrever é semear idéias.
Aqui vocês encontrarão as sementes que eu já plantei,
que germinaram, cresceram, deram flores e frutos.

Esse Blog é a semente dos frutos colhidos há muito tempo,
elas dormiram na escuridão por longos anos
e agora
eu estou a semeá-las novamente...,
para germinarem, crescerem, florescerem...
e um dia darem seus frutos.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

PATRIOTISMO EM CRISE



Quarta-feira, 11/9/93

Patriotismo em crise

BIA BOTANA

Quando alguém que tem acesso a um veículo de comunicação diz: "... que essa história de patriotismo (ainda mais de chuteiras) não é mesmo o meu forte", é que estamos frente a uma séria crise de valores morais. É portanto justo que nos perguntemos se não será esta crise moral a única causadora de tantos infortúnios na sociedade brasileira nos últimos anos.

Patriotismo não é doutrina nem ideologia, como o nacionalismo; designa apenas o saudável amor à Pátria, sendo que o patriota não é unicamente aquele que ama a sua Pátria, mas também aquele que se esforça em ser-lhe útil. No passado, nos obscuros anos 70, havia muitos patriotas brasileiros. Eram patriotas tanto os que acreditavam no lema "Brasil, ame-o ou deixe-o", assim como eram patriotas os cassados, banidos, exilados no primeiro mundo, fosse pela força da lei, fosse por um auto-exílio ideológico. Era um tempo em que todos lutavam, de uma maneira ou de outra, certo ou errado, por um futuro melhor para o Brasil. Hoje ficou mais fácii amar Miami do que o nosso esdrúxulo País.

Naquele tempo do "ame-o ou deixe-o", as Forças Militares foram convocadas, pela classe média apavorada, para o exercício de funções políticas comprometidas com o governo do País. Apesar da alcunha de ditadura militar, o Congresso Nacional não foi fechado - sofrendo apenas alguns recessos -, como foi feito no passado pelo ditador Getúlio Vargas, que o dissolveu por um período de oito anos. A chamada ditadura militar deu origem ao que se pode chamar política de caserna, dividindo a classe política em duas facções distintas, uma a favor e outra contra, a qual caracterizava sua oposição numa atitude publicamente crítica aos militares, mesmo que nos bastidores fosse cúmplice e compactuasse com seus atos. Era um tempo de conflito entre capitalistas e comunistas, era a guerra fria, que não só dividia o
mundo mas também o Brasil, onde num cenário político reprimido se ergueram grandes nomes de eloqüentes patriotas de ambos os lados, pois o patriotismo era o bandeira de todos.

Inesperado, um dia chegou ao fim o conflito, pegando a todos de surpresa, e o inimigo desapareceu. Estamos todos nós até hoje atordoados e por incompreensão adotamos atitudes revanchistas, pois ainda não conseguimos admitir o antigo inimigo como amigo, como parceiro. Sim, findada a guerra fria, muitas coisas parecem ter perdido o sentido, inclusive a velha bandeira de tantas horas adversas e com isso perdemos todos nós.

Hoje não se pensa mais em termos de ser útil à Pátria, mas no quanto esta pode nos servir. Falsas bandeiras se erguem diariamente para alimentar a indústria de uma hipócrita miséria, a fim de obter-se fabulosas somas como auxílio externo, que nunca servem aos devidos fins humanitários. A Pátria agora é exposta doente, mutilada e indigente, para que o seu estado mórbido comova os coraçôes poderosos, que, na expiação de suas culpas, doam esmolas cegas a mãos que nada farão para mudar, mas, à revelia da caridade, alimentarão mais ainda a doentia sociedade.

Devíamos nos envergonhar de receber essas esmolas e mais ainda do destino que é dado a elas. Está na hora de, sim, termos brio, orgulho, vergonha na cara, para criarmos os meios necessários que limpem a sujeira do País e varram a praga da miséria para bem longe de todos nós. Mais do que nunca, precisamos ser patriotas, sermos úteis à Pátria, e trabalharmos todos juntos, com muita garra e sem revanchismos idiotas, para tornarmos o Brasil um País digno de si mesmo e o brasileiro respeitado no mundo inteiro.

Bia Botana é analista política

Um comentário:

  1. Trecho de artigo publicado na Revista do Clube Militar, Nr 442, (Agosto-setembro-Outubro/2011)
    "LEI MORAL, LIBERDADE E HISTÓRIA – TRIPÉ DA GRANDEZA"
    General da Reserva Luiz Eduardo Rocha Paiva

    "A história também é fiadora do projeto de uma nação que se pretende grande, perene e respeitada. É o selo desse compromisso transmitido de geração a geração e fortalece a fraternidade entre os cidadãos de um país. Se a história mantém unida a nação, os heróis que conduziram o país em momentos decisivos são os seus protagonistas. Eles se tornam merecedores da gratidão e respeito do povo por tomarem atitudes corajosas e decisivas e assumirem responsabilidades com sacrifício pessoal, em prol da nação, diante de situações extremas. Heróis não foram e nem poderiam ser pessoas perfeitas, mas são cidadãos especiais como poucos serão. Pátria, história e heróis são símbolos, sínteses e imagens de princípios e valores morais e éticos inspiradores de nobres ideais. Ao enaltecê-los, uma nação com vocação de grandeza propõe referenciais de excelência que motivam a busca da perfeição e tornam o povo combativo, disciplinado, altivo, empreendedor e unido. Ou seja, constrói a própria grandeza.
    Há décadas que a esquerda radical brasileira, herdeira da infausta ideologia comunista, desenvolve permanente campanha no sentido de denegrir a História e os heróis do País e, também, promover a quebra de valores tradicionais, a fim de enfraquecer a coesão nacional e debilitar moralmente a sociedade e a família. Conta com a parceria, consciente ou não, de vários segmentos da Nação, que se tornaram instrumentos da via gramcista de tomada do poder, estratégia contemporânea para a implantação de um regime socialista totalitário e liberticida".
    General da Reserva Rocha Paiva

    ResponderExcluir